quinta-feira, 10 de maio de 2018

É assim que acaba - Colleen Hoover

Um romance sobre a força necessária para fazer as escolhas corretas nas situações mais difíceis. 

Lily nem sempre teve uma vida fácil, mas isso nunca a impediu de trabalhar arduamente para conquistar a vida tão sonhada. Ela percorreu um longo caminho desde a infância, em uma cidadezinha no Maine: se formou em marketing, mudou para Boston e abriu a própria loja. Então, quando se sente atraída por um lindo neurocirurgião chamado Ryle Kincaid, tudo parece perfeito demais para ser verdade. Ryle é confiante, teimoso, talvez até um pouco arrogante. Ele também é sensível, brilhante e se sente atraído por Lily. Porém, sua grande aversão a relacionamentos é perturbadora. Além de estar sobrecarregada com as questões sobre seu novo relacionamento, Lily não consegue tirar Atlas Corrigan da cabeça — seu primeiro amor e a ligação com o passado que ela deixou para trás. Ele era seu protetor, alguém com quem tinha grande afinidade. Quando Atlas reaparece de repente, tudo que Lily construiu com Ryle fica em risco. Com um livro ousado e extremamente pessoal, Colleen Hoover conta uma história arrasadora, mas também inovadora, que não tem medo de discutir temas como abuso e violência doméstica. Uma narrativa inesquecível sobre um amor que custa caro demais.
Que livro intenso!
Diversas emoções a cada capítulo já são características da escrita da Colleen Hoover, mas este livro, especificamente, mexe muito com o leitor.
Apesar de contar com o mesmo estilo de sempre da autora, que trás o romance como tema central, a história vai além e nos mostra que nem tudo é simples e muito menos preto e branco.

Lilly é uma personagem cativante e, enquanto eu lia, me sentia participando junto com ela de cada momento. Na primeira reviravolta do livro, me senti tão chocada quanto ela. Tive que respirar fundo, parar e ler de novo. Porque para mim foi tão inacreditável quanto foi para ela.

Ryle é aquele personagem incrível por quem é impossível não se apaixonar. Mesmo com sua aversão a relacionamentos, ele faz com que tudo entre eles seja também muito intenso! Desde o primeiro encontro, tudo é de tirar o fôlego.

Mas, como todo casal, os dois trazem bagagens. Coisas mal resolvidas do passado de cada um, provocam situações complexas nesse relacionamento e nos vemos envolvidos em cada uma delas. 
Assim como Lilly, também sou muito intensa nos meus sentimentos. Sejam eles de amor ou de raiva. E junto com ela me me alegrei e me frustrei... Muito!

Achei muito boa a forma como a autora conduziu a narrativa e conseguiu esconder durante bastante tempo o assunto polêmico que pretendia abordar.
O desenvolvimento do livro me prendeu do início ao fim e realmente me fez ver que nem tudo é o que parece. É muito fácil para quem está de fora opinar ou achar que se estivesse na situação agiria de maneira diferente. 
Mas, quando o que está envolvido é o sentimento, nem sempre seu lado racional vai conseguir falar mais alto. É necessário ter muita força e muito apoio para conseguir ir além do enganoso coração e decidir por aquilo que pode até te fazer sofrer em um primeiro momento, mas vai ser o melhor para você.

“Ninguém é totalmente ruim, nem é exclusivamente bom. Alguns são apenas forçados a trabalhar mais para suprimir o seu lado mau.”

Algumas frases do livro mexeram particularmente comigo e só o que posso dizer é que recomendo muito esse livro.
Leiam! Vale muito a pena!

O que a autora tentou mostrar neste livro é que em algum momento o ciclo deve se fechar. Se a pessoa está envolvida em uma situação complicada, cabe a ela, apesar da dificuldade que terá, colocar um ponto final e enfim dizer: é assim que acaba!

“Apesar do ressentimento que guardo no coração, minhas emoções continuam presentes. Não paramos de amar uma pessoa só porque ela nos magoou. Não são suas ações que magoam mais. É o amor. Se não houvesse amor ligado à ação, a dor seria um pouco mais fácil de suportar.”

“Quando estamos de fora, é fácil acreditar que conseguiríamos ir embora num piscar de olhos se alguém nos tratasse mal. É fácil dizer que não continuaríamos amando quem nos trata mal se não somos nós que amamos a tal pessoa.”

“Quando se sente isso na pele, não é tão fácil odiar a pessoa que te trata mal, porque na maior parte do tempo ela é uma benção divina.”

E mais importante, segundo a sábia Dory:
"Se a vida quer deixar você para baixo, quer saber o que deve fazer? Continue a nadar, continue a nadar..."

By: Lídia Karla

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Dia Mundial do Livro - 23/04

Hoje comemoramos o Dia Mundial do Livro. 
A comemoração é no dia 23 de abril em homenagem a dois ícones da literatura: Miguel de Cervantes e William Shakespeare. Os dois morreram nesse mesmo dia em 1616, e por isso a UNESCO estabeleceu em 1996 essa data para comemorarmos e relembrarmos esses escritores maravilhosos!
Apesar de ter os livros presentes em minha vida todos os dias, acho interessante as datas ligadas à literatura, como por exemplo: dia nacional do livro, dia da leitura, dia do livro infantil, entre outros. 
É uma forma de incentivo e faz com que o interesse pela literatura seja despertado por meio de palestras nas escolas, feiras de livros e tantos outros eventos organizados ao redor do mundo. É assim que muitas pessoas passam a conhecer mais desse mundo maravilhoso. 
Morando há um ano na Inglaterra percebi que a leitura possui um grande incentivo. Por aqui é comum você as pessoas lendo nos transportes públicos, nas ruas, pelos celulares. As casas possuem estantes cheias de livros, tanto adultos quanto infantis. No Brasil, infelizmente, vemos que a cultura da leitura não faz parte efetivamente da vida das pessoas.

Espero que um dia possa ter essa mesma visão no meu país. Que o Brasil possa cada vez mais incentivar a leitura por puro prazer e não apenas como obrigação para os estudantes.
Então, vamos comemorar esse dia da melhor forma? 
Leia um livro! Ou dois... ou três... ou vários !!!

quarta-feira, 18 de abril de 2018

18 de abril - Dia Nacional do Livro Infantil





A leitura contribui com a vida da criança de diversas maneiras, sobretudo para desenvolver a imaginação e a criatividade. Ao se envolver na história contada pelo livro infantil, o pequeno leitor amplia a sua visão de mundo, adquire cultura e desenvolve habilidades importantes no âmbito escolar, como escrita, pronúncia e interpretação.

Fonte: http://www.mundodastribos.com/18-de-abril-dia-nacional-do-livro-infantil.html

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Amber 9 - Nando Alves


Amber cresceu como filha única, sempre cercada de amor e dedicação. Uma adolescente comum, com problemas, alegrias e dilemas iguais a de qualquer outra garota de treze anos. Pelo menos era isso que ela pensava. Até ver o castelo de cartas que era sua vida se desfazer diante de seus olhos. 
Seu corpo e sua mente começam a passar por mudanças que lhe permite fazer coisas muito além das capacidades humanas, gerando uma cadeia de problemas em sua existência e revelando um passado repleto de mistério e segredos que poderão colocar em xeque sua própria identidade.
Agora cabe a ela, com a ajuda de seus amigos Lindsay e Wess, entender todas essas mudanças e aceitar, ou não, uma herança que lhe foi dada ainda no útero, antes que uma força poderosa lhe dê um destino completamente diferente, que pode mudar não só a sua vida, mas de todos que a cercam.


Para mim, a leitura desse livro foi uma experiência única. Nunca havia tido o privilégio de ler uma obra onde pude acompanhar o passo a passo da escrita e produção.

O amigo/autor Nando Alves permitiu que seus amigos estivessem ‘por dentro’ de cada parte do processo para a finalização deste seu primeiro romance. Nós tivemos o prazer de acompanhar a cada semana a escrita de um capítulo novo, pela plataforma digital Whattpad, além de participar de todo o processo de revisão e edição por meio do WhatsApp. Acompanhei o "nascimento" de Amber 9 até seu lançamento. Foi incrível!

O livro narra a história de Sarah, uma jovem que teve sua vida transformada ao receber a proposta tentadora de uma grande empresa para gerar um filho por inseminação e receber, em troca desse filho, uma quantia em dinheiro que faria sua vida mudar para sempre.

Sarah aceita e, junto com sua melhor amiga Bertha, é levada para a Elklon, empresa que, segundo informam a elas, desenvolve pesquisas em várias áreas, inclusive para o tratamento de doenças como o câncer. Nesse local elas passam por todos os procedimentos e cuidados necessários e são acompanhadas 24 horas por dia até que as crianças nasçam.

A primeira parte do livro conta em detalhes esse período vivido por Sarah e a forma como ela luta para proteger sua filha, Amber, ainda em sua barriga. A jovem mãe luta para libertar seu bebê de um mal que ela prevê estar destinado a criança quando tiver que entregá-la para a Elklon e partir.

Depois conhecemos Amber, essa criança gerada de forma inusitada e que cresce sem saber como sua vida começou. Uma infância tranquila, cercada de amor e dos cuidados de sua família e com amigos que são os melhores amigos que alguém pode ter. Muito mais do que ela poderia desejar. Mas alguns ‘acidentes’ inexplicáveis começam a acontecer em sua vida, deixando-a  confusa e com medo.

Fatos como um novo amigo que fala com ela apenas em sua mente, superpoderes que a fazem capaz até mesmo de teletransportar objetos imensos, superinteligência, força e capacidade de se auto curar, tudo isso começa a acontecer e faz com que a vida que Amber conhecia deixe rapidamente de existir.

Contando com a ajuda de seus amigos de infância, Wes e Lindsay, e com Dave, que se envolve sem querer nessa confusão, mas acaba se tornando essencial, ela parte em busca de respostas e também, se for necessário, de vingança. 

Ao descobrir que não está sozinha, e que outras pessoas também estão na mesma situação que ela e seu novo amigo Oto (filho de Bertha, a melhor amiga de sua mãe), Amber percebe que é mais forte do que imagina e fará tudo que estiver ao seu alcance para fazer valer a pena o sacrifício feito por sua mãe e pela mãe de Oto.

Uma leitura envolvente, com uma narrativa incrível fazem esse livro ser difícil de ser deixado de lado. Dizer que as páginas viram sozinhas parece até um eufemismo gigante.
Sou fã de leituras fantásticas e posso dizer que essa ficção não deixou a desejar em nada para mim.

Recomendo a leitura, mas se preparem para ficar com o gostinho de quero mais! Esse é apenas o primeiro livro e, pela maneira que terminou, o segundo será de tirar o fôlego!

Por Lídia Karla 










quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Em clima natalino



Natal chegando e nada melhor do que aproveitar o descanso da época lendo um bom livro. Pensando nisso, preparamos uma dica de livro que tem tudo a ver com o clima natalino. E para ficar ainda mais perfeito, a indicação é de nada mais, nada menos que Agatha Christie !!!

A aventura de um pudim de Natal reúne contos recheados dos maravilhosos mistérios envolventes da autora. Cadáver dentro de um baú, assassinato, briga familiar e até um pudim com passas são alguns dos casos que o detetive Hercule Poirot e Miss Marple terão que desvendar. E para isso, irão participar de uma tradicional celebração de Natal inglesa. 

Prefácio – por Agatha Christie
“Este livro de delícias natalinas pode ser descrito como “A escolha do chef”. E eu sou o chef! Há dois pratos principais, “A aventura do pudim de Natal” e “O mistério da arca espanhola”, uma seleção de entradas, “A extravagância de Greenshaw”, “O sonho” e “Poirot sempre espera”, e uma sobremesa, “Vinte e quatro melros”. “O mistério da arca espanhola” é uma especialidade de Hercule Poirot. É um caso no qual ele considera ter dado o melhor de si! Miss Marple, por sua vez, sempre orgulhosa de sua perspicácia em “A extravagância de Greenshaw”. “A aventura do pudim de Natal” é uma extravagância minha, já que ele me lembra, de modo muito prazeroso, os natais da minha juventude. Após o falecimento de meu pai, minha mãe e eu sempre passamos o Natal com a família de meu cunhado no Norte da Inglaterra – e que natais fascinantes eram aqueles para uma criança! Abney Hall tinha de tudo! O jardim exibia uma cachoeira, um riacho e um túnel por baixo do caminho de entrada! As refeições tinham proporções gigantescas. Apesar de magrela e com a aparência delicada, eu era muito sadia e tinha uma fome de leão! Os meninos e eu costumávamos competir para saber quem comia mais na ceia de Natal. Não festejávamos muito a sopa de ostras e o peixe, mas então vinham o peru assado, o peru cozido e um enorme rosbife. Comíamos duas porções de cada! Depois havia o pudim de ameixa, as tortas de frutas, os pavês e todo tipo de sobremesa. Nunca ficávamos enjoados! Como era bom ter onze anos de idade e ser faminta!

Era um dia mágico, desde as meias penduradas na cama pela manhã, a igreja e as canções de Natal, a ceia, os presentes até, finalmente, o acender da árvore de Natal! Tenho profunda gratidão pelos gentis e hospitaleiros anfitriões que devem ter tido muito trabalho para fazer dos dias de Natal uma memória maravilhosa em minha velhice. Portanto, dedico este livro à memória de Abney Hall – a sua gentileza e hospitalidade. E feliz Natal para todos que lerem este livro”.

Delicie-se com está ceia espetacular !!!

“Simples, empolgante e irresistível, como uma surpresa de Natal.”  (Times Literary Supplement)

#ficaadica #dicadeNatal 


sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Amor entre literatos


Que a tecnologia tem inúmeras vantagens todos sabem. O que muitos não sabem é que existem aquelas ferramentas que unem as pessoas. As fazem compartilhar mais que informação. Compartilham amor. Amor entre literatos, num compartilhamento de paixão pelos livros, pelas histórias, pelos personagens, pelas conversas, pelas preferências literárias.  

Um poeta já disse que ler é muito mais do que uma simples relação dos olhos com os livros. A leitura é um ritual que pode, e deve ser compartilhado. Temos a tecnologia a nosso favor e o mundo ao nosso alcance.

As pessoas não têm o hábito de falar sobre livros no dia a dia, então as ferramentas que a informática nos proporciona hoje em dia são mecanismos que colaboram para essa prática. Uma troca de mensagens no WhatsApp e pronto, temos uma resenha do livro lido. E sem perceber já estamos falando sobre cinema, música, series de TV. Conversas cotidianas que ajudam a disseminar o prazer da leitura e da cultura, às vezes sem sair de casa.

O simples ato de compartilhar torna tudo mais prazeroso. Felizes os que podem se comunicar pelas redes sociais ou pela internet como um todo. Muitas pessoas iniciam uma nova amizade, ou algo mais, a partir da leitura de um livro.

Parafraseando Voltarie, eu me atrevo a dizer que a leitura engrandece a alma, a vida e os relacionamentos literários.


Por Patrícia Maia





segunda-feira, 20 de março de 2017

A leitura é minha, leio o que quiser




Esses dias uma pessoa me falou “você lê tanto, mas não vejo nada que se aproveite, tem que ler artigos e livros com mais conteúdo". Não obstante, o "serumaninho" continuou  "a pessoa deve ler livros que tratem de conteúdos mais didáticos, que se aproveite para a vida". Oi?

Respirei fundo, contei até dez (porque agora estou tentando agir assim) e respondi "eu leio como hobby, para o meu prazer, e não para agradar ninguém ou para dar uma aula".

A leitura é minha, leio o que quiser. Pode parecer clichê, mas ler é, sobretudo, prazer. A leitura para estudar tem suas funções pedagógicas e sua importância, mas não irá te transformar em uma pessoa apaixonada por leitura. Quem descobre prazer em uma obra literária nunca mais para de ler. Você termina de ler um livro e já fica louco para abrir o próximo, ainda mais se for continuação do anterior.

Minhas leituras, sejam elas um conto de fadas com princesas, príncipes, e castelos, com mocinhos e mocinhas, livros hot, "da moda", são o meu escape de tantas leituras funestas que leio em jornais, revistas, reportagens.

Muitas vezes me identifico com os dramas e as emoções dos personagens. É uma forma de conhecer experiências e circunstanciais em que viveram e aplicar na vida. Culturas, épocas e situações a qual mostra que nossos problemas podem ser parecidos com os vivenciados nas histórias.

Como disse o poeta Carlos Drummond de Andrade, a leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas a quase totalidade não sente esta sede. Sigo com mesmo pensamento. 

Por Patrícia Maia